Friday 9 November 2007

SERPA PINTO


Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (20 de Abril de 1846 - 28 de Dezembro de 1900) foi um explorador e administrador colonial português. Ingressou no Colégio Militar com 10 anos e aos dezassete tornou-se o seu primeiro Comandante de Batalhão, aluno. Serpa Pinto viajou até à África oriental em 1869 numa expedição ao Rio Zambeze. Em 1877 explorou a zona entre a costa oeste de Angola e a costa leste de Moçambique, liderando um expedição que partiu de Benguela (Angola). A expedição terminou em 1879 e atravessou as baciasdo rio congo e do Zambeze, Angola e parte das actuais Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul.


A expedição de Serpa Pinto tinha como objectivo fazer o reconhecimento do território e efectuar o mapeamento do interior do Continente Africano, para demarcar a zona que Portugal reclamaria para s através do chamado "mapa cor de rosa; esta intenção falhou após o ultimato britânico de 1888.

Foi nomeado consul-geral para o Zanzibar em 1887 e governador-geral de Moçambique em 1889.
A cidade de Menongue, no sudeste de Angola, foi chamada Serpa Pinto até 1975 em alusão a este explorador.



Explorador de África, Serpa Pinto foi um dos portugueses mais famosos de finais do século XIX. Na ânsia de afirmar o seu direito histórico aos territórios africanos, Portugal enviou várias missões exploratórias ao interior do continente. O jovem aristocrata Serpa Pinto dirigiu algumas dessas viagens. No âmbito do ultimato feito pela Inglaterra a Portugal, em 1890, a sua popularidade foi tal que um correspondente em Lisboa do jornal “Letain” escreveu: “Serpa Pinto é como o toque do clarim a acordar uma nação adormecida.”
O mais célebre nome português em 1890 era Serpa Pinto. Não é para menos. Tinha realizado uma viagem corajosa, de finais de 1877 a 1879, entre Angola e Durban, na costa do Índico, Sul de África. Mais tarde, enquanto governador-geral de Moçambique, esforçou-se por implantar a soberania portuguesa no interior de África.
No final do século XIX, grande parte do continente africano ainda era mal conhecido. Os países europeus, como Portugal, tentavam alargar os seus domínios para além das povoações costeiras, e enviavam missões para realização de viagens de exploração. Temendo perder o direito sobre algumas áreas de influência tradicional, o governo português votou fundos para uma missão de exploração ao interior da África Austral, que partiu de Lisboa em Julho de 1877. Alexandre de Serpa Pinto, um jovem aristocrata do Norte, e os seus companheiros Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, tinham por missão estudar as relações hidrográficas entre as bacias dos rios Zaire e Zambeze, bem como as regiões entre Angola e Moçambique, procurando ligar estas colónias por terra. Era o velho sonho da descoberta de uma via de comunicação pelo interior de África entre as duas regiões costeiras dominadas por Portugal, a que o ultimato de 1890, feito pela Grã-Bretanha, colocaria fim.
Serpa Pinto, na sua qualidade de explorador e administrador colonial português, percorreu vastos territórios da África central e meridional e fez o reconhecimento e o mapeamento do interior do continente.
Serpa Pinto passou parte da sua infância no Brasil. Ingressou no Colégio Militar com 10 anos e aos 17 tornou-se o primeiro comandante do batalhão de alunos. Após tentativa de estudo na universidade, abraçou a carreira militar e tornou-se administrador colonial. Em 1890 o seu nome era aclamado nas ruas, havia biscoitos “Serpa Pinto” e em cada cidade e vila uma das ruas principais tinha o seu nome. Um correspondente do conceituado “Letain” escreveu, por essa altura, numa crónica, a seguinte frase: “Serpa Pinto é como o toque do clarim a acordar uma nação adormecida.” Pelas suas explorações e aventureirismo, Serpa Pinto integra o imaginário colectivo do explorador português do século XIX.


Relativamente ao nome da catarata Mozioatunia, Serpa Pinto dá uma eloquente explicação, no seu livro "como atravessei a áfrica": "Mezi-ao-tuna quer dizer em Sezuto "a água enorme", e ainda que a frase pareça um pouco disparatada, esta composição é vulgar entre as linguas bárbaras da África Austral, para exprimir uma ideia, que a pobreza das linguas só poderia exprimir por uma longa frase. Assim pois, pode bem se que seja Mezi-oa-tuna, o nome posto pelos Macololos à grande catarata. Eu contudo inclino-me à mopinião de que seja Mozi-oa-tunia, o nome dado outrora pelos guerreiros de Chebitano à maravilha do Zambeze. Efectivamente, Mezi-oa-tuna era uma frase nova, uma composição de palavras feita expressamente, ao passo que Mozi-oa-tunia é uma frase já feita, quotidiana, vulgar na lingua dos Basutos. Quando o marido volta a casa e pergunta à mulher se a comida está ao fogo, ela responde-lhe "mozi-oa-tunia", "o fumo se levanta". Assim, pois é mais de supor que fosse este último nome dado pelos estrangeiros à catarata, por ser frase vulgar entre eles, e ser bem própria à ideia. Mozi-oa-tunia não é mais do que uma longa cova, um sulco gigantesco, aquilo para que se inventou a palara abismo, mas abismo profundo e imenso, onde Zambeze se precipita num extensão de mil e oitocentos metros".
Relativamente às quedas Serpa faz uma descrição bastante singular: "... É esta a menor das quedas, mas é a mais bela, ou antes a única que é bela, porque tudo o mais em Mozi-oa-tunia é horrivel. Aquela voragem enorme, negra como é negro o basalto que a forma, escura como é escura a nuvem que a envolve, teria sido escolhida se fosse conhecida nos tempos biblicos, para imagem do inferno, inferno de água e trevas, mais terrivel talvez que o inferno de fogo e luz. Para aumentar o sentimento de horror que se experimenta diante daquele prodígio, até é preciso arriscar a vida para a poder ver. Vê-la é impossivel; Mozi-oa-tunia nem se deixa ver. Às vezes lá no fundo, por entre a bruma eterna, percebem-se formas confusas, semelhando ruinas medonhas. São pontas de rochedo enorme, onde a água, que os açouta, partindo-se em glóbulos se torna nuvem, nuvem eterna, que constantemente alimentada tem de pairar sobre o rochedo em que se formou, em quanto a água cair e o rochedo se erguer ali.
Serpa revela aqui o estado de espírito de Portugal, por não ter chegado primeiro às cataratas. Os portugueses chegaram primeiro a todo o lado, menos aqui! Aqui chegaram os Ingleses e essa frustação que podemos ler nesta descrição. Basta compará-la com a de Livingstone ...







Thursday 8 November 2007

HENRY MORTON STANLEY



Introdução

Henry Morton Stanley (1841-1904), jornalista Anglo-Americano e explorador de África, mais conhecido por ter encontrado o explorador e missionário Escocês David Livingstone na África de Leste em 1871. HMS está entre os exploradores Europeus mais conhecidos. O seu trabalho foi muito importante naquilo que se veio a tornar a disputa por África (por parte das potências Europeias), que se verificou nos finais do século 19 e início do século 20.

2. Início da Vida e Viagens

Nasceu como John Rowlands em Denbigh, no País de Gales, num meio de grande pobreza, passou a sua juventude numa casa de ofícios Galesa. Teve vários tra balhos em Liverpool, depois viajou para New Orleaes, n Louisiana, como rapaz de cabina num barco, em 1859. Um comerciante americano chamado Henry Stanley deu um emprego a Rowland e tornou-se virtualmente seu pai, adoptando-o, e convenceu-o a tomar o seu nome. Quando rebentou a Guerra Civil Americana enm 1861 Stanley juntou-se ao exército da Confederação e em Abril de 1862 foi cpturado na Batalha de Silhoh. As forças da União libertaram-no quando ele concordou juntar-se um regimento federal de artilharia, mas brevemente foi dispensado depois de ter contraído disenteria. Depois da sua recuperação Stanley navegou com a Marinha do Estados Unidos e em navios mercantes antes de regressar aos Estados Unidos, onde viajou pelas Montanhas Rochosas e deixou relatos escritos. Em 1866, como correspondente do Missouri Democrat, ele viajou com a Cavalaria em campanhas contra os Americanos Nativos no Missouri e no Kansas. Acompanhou uma campanha militar britanica contra o Imperador Etíope Teodoro II, onde foi o primeiro a relatar notícias da queda de Magdala, capital etíope em 1868.

3. EXPLORADOR CORRESPONDENTE

Entre 1869 e 1871 o proprietário do Herald’s, James Gordon Bennett, enviou Stanley para cobrir a abertura do Canal do Suez no Egipto, depois para a Crimeia, Pérsia e India. A sua tarefa final era tentar localizar o missionário e explorador escocês David Livingstone, que esteve incontactavel durante vários anos enquanto explorava a região dos lagos na África Central. Esta missão fez o nome de Stanley. Encabeçando uma expedição com cerca de 2000 homens, ele saiu de Zanzibar em direcção a oeste, para a zona onde se pensava que deveria estar Livingstone, em Março de 1871. Pelo caminho encontrou forte oposição dos Africanos, chegando até a pensar que estaria em causa o sucesso da expedição. Passados oito meses, a 10 de Novembro, Stanley encontrou Livingstone, doente, em Ujiji, uma cidade no Lago Tanganika, e cumprimentou-o com a frase que ficou famosa: “Dr. Livingstone?, presumo eu”. Stanley reabasteceu Livingstone, tratou dele até recuperar a saúde, e acompanhou-o na exploração na área norte do Lago Tanganica. O livro de Stanley relatando a sua aventura: Como eu encontrei Livingstone (1972), foi extremamente popular na Gra-Bretanha. Depois do seu regresso à Europa, o Herald enviou Stanley para cobrir a campanha Británica contra o Reino Ashanti na Costa do Ouro (agora Gana), em 1873. Ele escreveu sobre esta e a campanha anterior na Etiópia, publicando o livro Coomassie e Magdala: duas campanhas Britanicas (1874).

O New York Herald e o London Daily Telegraph partilharam os custos da próxima aventura de Stanley, no sentido de responder a algumas questões geográficas acreca da África Central que não ficaram resolvidas, e permaneceram após a morte de Livingstone em 1873. A expedição que durou desde Outubro de 1874 até Agosto de 1877, foi uma das mais difíceis alguma vez levada a cabo por um explorador Europeu em África, tendo ainda dado significativos avanços ao conhecimento do Continente. Stanley deixou Zanzibar com 359 homens e lentamente se dirigiu para o Lago Victória. Visitou o Rei Kabaka Mutesa de Buganda no lado oeste do Lago, conseguindo autorização para trazer missionários cristãos para a zona. Stanley navegou em todo o perímetro do Lago, envolvendo-se em algumas escaramuças com os habitantes das margens do lago. Nestes encontros Stanley, novamente, usou métodos brutais para combater a resistência Africana. Num desses incidentes, respondendo ao desafio dos habitantes de uma pequena ilha, utilizou modernas armas de fogo, matando dezenas de pessoas e ferindo muitas mais.

Após ter navegado o Lago Victoria Stanley deslocou-se para sul, navegando no Lago Tanganica, ele entrou para oeste pelo Rio Lualaba, um afluente do Rio Congo que Livingstone tinha localizado. Naquele que deve ter sido o seu maior feito como explorador, Stanley conduziu a sua equipa ao longo dos Rios Lualaba e Congo até ao Oceano Atlântico, numa distância de cerca de 3000 km, através de floresta equatorial e águas desconhecidas. Ao longo do percurso a expedição sofreu de doenças, deserção, afogamentos e ataques por africanos, incluindo uma emboscada por milhars de canibais. Dos 359 homens, apenas chegaram ao Oceano Atlantico, 108. Esta aventura, descrita no livro de Stanley, Através do Continente Negro (1878), responde a muitas das questões que os Europeus faziam na altura acerca da geografia da África Central, incluindo o tamanho e a drenagem dos Lagos Victoria e Tanganika. A viagem também revelou a existência dum caminho navegável, o Congo atingindo a região central de Áfricaque possuia grande potencial comercial. Foi informação preciosa para o Rei Leopoldo II da Bélgica, que rapidamente abriu a torneira da riqueza Africana.


4. CONTRATA-SE EXPLORADOR


Leopoldo ofereceu trabalho a Stanley logo que este chegou à Europa, mas Stanley precisava de descansar e preferia trabalhar para os interesses Británicos. Mas quando percebeu que os Ingleses não estavam interessados em desenvolver e colonizar a África Central, ele voltou ao Congo com o patrocínio do Rei Leopoldo em 1879. Nos seis anos seguintes Stanley trabalhou no sentido de atrair o baixo Congo ao comércio, construindo uma estrada que ia da foz até Stanley Pool (agora Pool Malebo), onde o rio se tornava navegavel. Este trabalho trouxe-lhe um nome de guerra, Bula Matari ou ‘destruidor de pedras”, um epíteto que também se aplica ao carácter de Stanley. Ele celebrou acordos com líderes locais reconhecendo a autoridade da Associação Internacional do Congo, uma suposta organização filantrópica que Leopoldo fundou e chefiava. Stanley reuniu-se com o explorador francês Savorgnan de Brazza, que liderava as pretensões francesas na área. Esta competição ajudou a organização da Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, na qual as principais potencias coloniais se encontraram para discutir as sus pretensões em África. Por causa dos esforços de Stanley, Leopoldo obteve direito para aquilo que era chamado o Estado Livre do Congo, que occupava a maior parte da bacia do Congo. Stanley escreveu acerca deste trabalho para Leopoldo no livro O Congo e a Fundação dum Estado Livre (1885).

Stanley a seguir interessou-se pelos desejos imperiais Británicos na África de Leste. Fez isso liderando uma expedição para a libertação de Mehemed Emin Pasha, um governador local no Sudão Egipcio, e expandir as reclamações Británicas na região. Emin foi expulso do Egipto em 1883, por uma revolta liderada por Muhammad Ahmad, um lider religioso islamico conhecido por Mahdi. Esta difícil viagem, que durou de 1888 e 1889, trouxe Stanley a terras que nunca nenhum Europeu tinha visitado. Stanley alcançou Emin perto do Lago Alberto em Abril de 1888, mas este inicialmente não desejava sair. Stanley celebrou acordos com líderes Africanos na região que autorizam as pretensões Británicas, naquilo que se tornaria o Leste de África Britanico, e por volta de 1889, persuadiu Emin a sair. Na sua viagem de regresso à costa do Oceano Índico, Stanley avistou a Ruwenzori Range descobrindo que o Rio Semliki ligava o Lago Alberto ao Lago Eduardo. Stanley escreveu essas descobertas no livro Na África Negra (1890).

5 – ÚLTIMOS ANOS

Stanley retirou-se depois desta última aventura. Em 1890 casou com Dorothy Tennant e a partir de 1892 saiu em visitas académicas aos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Ao regresssar a Inglaterra ele tornou-se um sujeito Inglês outra vez (tinha-se tornado cidadão americano em 1885), e em 1895 ganhou um assento no parlamento Británico, até 1900. Ele fez a sua última viagem a África em 1897, visitando as terras Británicas no sul de África e escreveu Através do Sul de África (1898). Stanley for armado Cavaleiro pela Monarca Rainha Victória em 1899.

6 – AVALIAÇÃO

Se Stanley está entre os exploradores Europeus mais impiedosos que passou por África, está também entre os melhor sucedidos. Muito do que o mundo ocidental conheceu acerca da África Central, incluindo os trajectos de rios e lagos, veio das explorações de Stanley. Ele foi uma pessoa chave na disputa empreendida pelas potências europeias em África. O seu apelo à Cristianização dos Africanos e pelo desenvolvimento do comércio com o interior, reflectiram os apelos anteriores de Livingstone e levaram os europeus a fixarem-se em território africano. Quando Stanley morreu em 1904, toda a África estava virtualmente nas mãos dos Europeus.

Tuesday 6 November 2007

QUEDAS VICTÓRIA - ZÂMBIA E ZIMBABWE

UMA DAS SETE MARAVILHAS NATURAIS DO MUNDO

A MAIS LARGA CORTINA DE ÁGUA DO MUNDO






As Quedas Victória ou Mosi-oa-Tunya (o fumo que trovoa) é uma queda de água situada no Sul de África entre os países Zâmbia e Zimbabwe. As quedas são, por algumas medições, as mais largas do mundo, e estão também entre as mais raras do mundo, e tem a maior biodiversidade natural de entre todas as maiores quedas de água do Mundo.

Mosi-oa-Tunya é o nome usado pelos habitantes locais e Quedas Victoria é o nome posterior dado pelos Europeus. Trata-se dum fenómeno natural com 1.7 km de comprimento e uma altura média de 108 metros, formando a mais larga folha de água do mundo.

A forma rara das Quedas Victória permite a vizualização das Quedas em todo o seu comprimento a cerca de 60 metros de distância, porque o Rio Zambeze cai num profundo, estreito abismo, ligado a uma série longa de gargantas. Poucas quedas de água permitem uma aproximação tal na sua base.

Muitos animais e aves de África podem ser observados nas imediações das Quedas Victória, os peixes mais comuns em África estão presentes no Rio Zambeze, permitindo a observação de animais e a pesca desportiva, além da observação das quedas.

As Quedas Victória são uma das maiores atracções turísticas de África, são Património Mundial da UNESCO. As Quedas são repartidas pela Zâmbia e pelo Zimbabwe, e cada país tem um Parque Nacional para o proteger e uma cidade servindo como centro turístico: Parque Nacional Mosi-oa-Tunya e Livingstone na Zâmbia, e o Parque Nacional Victoria Falls e a cidade de Victoria Falls no Zimbabwe.

Características físicas


Por uma considerável distância acima das quedas, o Zambeze corre sobre um nível de basalto, num vale pouco profundo ladeado por baixas e distantes colinas. O curso do rio está cheio de muitas ilhas com árvores, que vão aumentando à medida que o rio se aproxima das quedas. Não há montanhas, falésias ou vales profundos onde seria possível esperar a criação de quedas de água, somente planície que extende pos centenas de quilómetros em todas as direcções.

As quedas são formadas a todo o comprimento do rio numa única queda vertical num abismo de 60-120 m de altura, gravada pelas suas águas existe uma zona fracturada no planalto basaltico. A profundidade do abismo, chamado a Primeira Garganta, varia de 80 m mais a oeste a temrina em 108 metros no centro.

Há duas ilhas na crista das quedas que são suficientemente largas: Ilha Boaruka (ou Ilha Catarata) perto do banco oeste e a Ilha Livingstone no meio. Outras ilhotas dividem a cortina de água em rios paralelos mas separados. Os rios maiores chamam-se, em ordem, do Zimbabwe (oeste) para a Zambia (este): Leaping Water (chamada de Catarata do Diabo, por alguns), Main Falls, Rainbow Falls (a maior) e a Eastern Cataract.

Parâmetros Victoria Falls Niagara Falls Iguaçu Falls
Altura em metros 108 m 51 m 64-82 m
Comprimento (m) 1700 1203 2700
Fluxo médio anual 1088 2407 1746
Fluxo máximo 3000
Fluxo mínimo 300
Fluxo máximo 10 anos 6000
Fluxo Record 12,600 8269 12,800


A bacia do Zambeze acima das quedas tem a época das chuvas de final de Novembro a inicio de Abril, e tem época seca durante o resto do ano. O fluxo anual do rio é maior de Fevereiro a Maio, com um pico em Abril. A nuvem vinda das quedas chega a atingir 400 metros, e por vezes chega aos 800 m e é visivel a 40 km de distância. Na lua cheia, uma curva pode ser observada na nuvem, em vez do tradicional arco iris que é visto de dia. Na época das chuvas, todavia, é impossível observar o pé das quedas e a maior parte da cortina de água, e os passeios através da escarpa frontal estão a sofrer um constante chuveiro. Perto do bordo do penhasco, existe um spray, tal como chuva invertida, especialmente na ponte que liga os dois países.

Quando se instala a época seca, as ilhas tornam-se mais largas e mais numerosas e de Setembro a Janeiro metade da face rochosa das quedas torna-se seca e o topo da Primeira Garganta pode ser visto ainda para além da sua largura. Nesta altura é possível (não necessariamente seguro) caminhar em alguns troços do rio, na crista. É também possível caminhar no topo da Primeira garganta do lado Zimbaweano. O fluxo mínimo, que ocorre em Novembro, é cerca de um décimo daquele que se regista em Abril; esta variação de fluxos é maior do que nas outras grandes quedas, o que faz com que a média anual seja menor do que à partida se podia esperar. As quedas Victoria tem o dobro da altura das Quedas Niagara e cerca de duas vezes o comprimento das Quedas Horseshoe. Em altura e largura apenas rivaliza com as Sul Americanas Quedas de Iguaçu.

As Gargantas das Quedas Victória

As principais gargantas são:

Primeira Garganta: aquela em que o rio cai em Victoria Falls
Segunda Garganta: (ligada pela Ponte Quedas Victoria), 250 metros a sul das quedas, 2150 metros de comprimento.
Terceira Garganta: 600 metros sul, 1950 metros de comprimento.
Quarta Garganta: 1150 metros sul, 2250 metros comprimento.
Quinta Garganta: 2550 metros sul, 3200 metros de comprimento
Garganta Songwe: 5300 metros sul, 3300 metros de comprimento, denominada assim depois do Rio Songwe vindo do noroeste, e o mais fundo a 140 metros, no final da estação seca (novembro).
Garganta Batoka: a garganta por baixo da Songwe é chamada Garganta Batoka (a qual é também usada como guarda-chuva para todas as gargantas). Tem cerca de 120 km de comprimento (em linha recta cerca de 80 km), para leste das Quedas e toma o rio através do planalto basáltico para o vale no qual o Lago Kariba está situado agora.