Friday 9 November 2007

SERPA PINTO


Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (20 de Abril de 1846 - 28 de Dezembro de 1900) foi um explorador e administrador colonial português. Ingressou no Colégio Militar com 10 anos e aos dezassete tornou-se o seu primeiro Comandante de Batalhão, aluno. Serpa Pinto viajou até à África oriental em 1869 numa expedição ao Rio Zambeze. Em 1877 explorou a zona entre a costa oeste de Angola e a costa leste de Moçambique, liderando um expedição que partiu de Benguela (Angola). A expedição terminou em 1879 e atravessou as baciasdo rio congo e do Zambeze, Angola e parte das actuais Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul.


A expedição de Serpa Pinto tinha como objectivo fazer o reconhecimento do território e efectuar o mapeamento do interior do Continente Africano, para demarcar a zona que Portugal reclamaria para s através do chamado "mapa cor de rosa; esta intenção falhou após o ultimato britânico de 1888.

Foi nomeado consul-geral para o Zanzibar em 1887 e governador-geral de Moçambique em 1889.
A cidade de Menongue, no sudeste de Angola, foi chamada Serpa Pinto até 1975 em alusão a este explorador.



Explorador de África, Serpa Pinto foi um dos portugueses mais famosos de finais do século XIX. Na ânsia de afirmar o seu direito histórico aos territórios africanos, Portugal enviou várias missões exploratórias ao interior do continente. O jovem aristocrata Serpa Pinto dirigiu algumas dessas viagens. No âmbito do ultimato feito pela Inglaterra a Portugal, em 1890, a sua popularidade foi tal que um correspondente em Lisboa do jornal “Letain” escreveu: “Serpa Pinto é como o toque do clarim a acordar uma nação adormecida.”
O mais célebre nome português em 1890 era Serpa Pinto. Não é para menos. Tinha realizado uma viagem corajosa, de finais de 1877 a 1879, entre Angola e Durban, na costa do Índico, Sul de África. Mais tarde, enquanto governador-geral de Moçambique, esforçou-se por implantar a soberania portuguesa no interior de África.
No final do século XIX, grande parte do continente africano ainda era mal conhecido. Os países europeus, como Portugal, tentavam alargar os seus domínios para além das povoações costeiras, e enviavam missões para realização de viagens de exploração. Temendo perder o direito sobre algumas áreas de influência tradicional, o governo português votou fundos para uma missão de exploração ao interior da África Austral, que partiu de Lisboa em Julho de 1877. Alexandre de Serpa Pinto, um jovem aristocrata do Norte, e os seus companheiros Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, tinham por missão estudar as relações hidrográficas entre as bacias dos rios Zaire e Zambeze, bem como as regiões entre Angola e Moçambique, procurando ligar estas colónias por terra. Era o velho sonho da descoberta de uma via de comunicação pelo interior de África entre as duas regiões costeiras dominadas por Portugal, a que o ultimato de 1890, feito pela Grã-Bretanha, colocaria fim.
Serpa Pinto, na sua qualidade de explorador e administrador colonial português, percorreu vastos territórios da África central e meridional e fez o reconhecimento e o mapeamento do interior do continente.
Serpa Pinto passou parte da sua infância no Brasil. Ingressou no Colégio Militar com 10 anos e aos 17 tornou-se o primeiro comandante do batalhão de alunos. Após tentativa de estudo na universidade, abraçou a carreira militar e tornou-se administrador colonial. Em 1890 o seu nome era aclamado nas ruas, havia biscoitos “Serpa Pinto” e em cada cidade e vila uma das ruas principais tinha o seu nome. Um correspondente do conceituado “Letain” escreveu, por essa altura, numa crónica, a seguinte frase: “Serpa Pinto é como o toque do clarim a acordar uma nação adormecida.” Pelas suas explorações e aventureirismo, Serpa Pinto integra o imaginário colectivo do explorador português do século XIX.


Relativamente ao nome da catarata Mozioatunia, Serpa Pinto dá uma eloquente explicação, no seu livro "como atravessei a áfrica": "Mezi-ao-tuna quer dizer em Sezuto "a água enorme", e ainda que a frase pareça um pouco disparatada, esta composição é vulgar entre as linguas bárbaras da África Austral, para exprimir uma ideia, que a pobreza das linguas só poderia exprimir por uma longa frase. Assim pois, pode bem se que seja Mezi-oa-tuna, o nome posto pelos Macololos à grande catarata. Eu contudo inclino-me à mopinião de que seja Mozi-oa-tunia, o nome dado outrora pelos guerreiros de Chebitano à maravilha do Zambeze. Efectivamente, Mezi-oa-tuna era uma frase nova, uma composição de palavras feita expressamente, ao passo que Mozi-oa-tunia é uma frase já feita, quotidiana, vulgar na lingua dos Basutos. Quando o marido volta a casa e pergunta à mulher se a comida está ao fogo, ela responde-lhe "mozi-oa-tunia", "o fumo se levanta". Assim, pois é mais de supor que fosse este último nome dado pelos estrangeiros à catarata, por ser frase vulgar entre eles, e ser bem própria à ideia. Mozi-oa-tunia não é mais do que uma longa cova, um sulco gigantesco, aquilo para que se inventou a palara abismo, mas abismo profundo e imenso, onde Zambeze se precipita num extensão de mil e oitocentos metros".
Relativamente às quedas Serpa faz uma descrição bastante singular: "... É esta a menor das quedas, mas é a mais bela, ou antes a única que é bela, porque tudo o mais em Mozi-oa-tunia é horrivel. Aquela voragem enorme, negra como é negro o basalto que a forma, escura como é escura a nuvem que a envolve, teria sido escolhida se fosse conhecida nos tempos biblicos, para imagem do inferno, inferno de água e trevas, mais terrivel talvez que o inferno de fogo e luz. Para aumentar o sentimento de horror que se experimenta diante daquele prodígio, até é preciso arriscar a vida para a poder ver. Vê-la é impossivel; Mozi-oa-tunia nem se deixa ver. Às vezes lá no fundo, por entre a bruma eterna, percebem-se formas confusas, semelhando ruinas medonhas. São pontas de rochedo enorme, onde a água, que os açouta, partindo-se em glóbulos se torna nuvem, nuvem eterna, que constantemente alimentada tem de pairar sobre o rochedo em que se formou, em quanto a água cair e o rochedo se erguer ali.
Serpa revela aqui o estado de espírito de Portugal, por não ter chegado primeiro às cataratas. Os portugueses chegaram primeiro a todo o lado, menos aqui! Aqui chegaram os Ingleses e essa frustação que podemos ler nesta descrição. Basta compará-la com a de Livingstone ...







Thursday 8 November 2007

HENRY MORTON STANLEY



Introdução

Henry Morton Stanley (1841-1904), jornalista Anglo-Americano e explorador de África, mais conhecido por ter encontrado o explorador e missionário Escocês David Livingstone na África de Leste em 1871. HMS está entre os exploradores Europeus mais conhecidos. O seu trabalho foi muito importante naquilo que se veio a tornar a disputa por África (por parte das potências Europeias), que se verificou nos finais do século 19 e início do século 20.

2. Início da Vida e Viagens

Nasceu como John Rowlands em Denbigh, no País de Gales, num meio de grande pobreza, passou a sua juventude numa casa de ofícios Galesa. Teve vários tra balhos em Liverpool, depois viajou para New Orleaes, n Louisiana, como rapaz de cabina num barco, em 1859. Um comerciante americano chamado Henry Stanley deu um emprego a Rowland e tornou-se virtualmente seu pai, adoptando-o, e convenceu-o a tomar o seu nome. Quando rebentou a Guerra Civil Americana enm 1861 Stanley juntou-se ao exército da Confederação e em Abril de 1862 foi cpturado na Batalha de Silhoh. As forças da União libertaram-no quando ele concordou juntar-se um regimento federal de artilharia, mas brevemente foi dispensado depois de ter contraído disenteria. Depois da sua recuperação Stanley navegou com a Marinha do Estados Unidos e em navios mercantes antes de regressar aos Estados Unidos, onde viajou pelas Montanhas Rochosas e deixou relatos escritos. Em 1866, como correspondente do Missouri Democrat, ele viajou com a Cavalaria em campanhas contra os Americanos Nativos no Missouri e no Kansas. Acompanhou uma campanha militar britanica contra o Imperador Etíope Teodoro II, onde foi o primeiro a relatar notícias da queda de Magdala, capital etíope em 1868.

3. EXPLORADOR CORRESPONDENTE

Entre 1869 e 1871 o proprietário do Herald’s, James Gordon Bennett, enviou Stanley para cobrir a abertura do Canal do Suez no Egipto, depois para a Crimeia, Pérsia e India. A sua tarefa final era tentar localizar o missionário e explorador escocês David Livingstone, que esteve incontactavel durante vários anos enquanto explorava a região dos lagos na África Central. Esta missão fez o nome de Stanley. Encabeçando uma expedição com cerca de 2000 homens, ele saiu de Zanzibar em direcção a oeste, para a zona onde se pensava que deveria estar Livingstone, em Março de 1871. Pelo caminho encontrou forte oposição dos Africanos, chegando até a pensar que estaria em causa o sucesso da expedição. Passados oito meses, a 10 de Novembro, Stanley encontrou Livingstone, doente, em Ujiji, uma cidade no Lago Tanganika, e cumprimentou-o com a frase que ficou famosa: “Dr. Livingstone?, presumo eu”. Stanley reabasteceu Livingstone, tratou dele até recuperar a saúde, e acompanhou-o na exploração na área norte do Lago Tanganica. O livro de Stanley relatando a sua aventura: Como eu encontrei Livingstone (1972), foi extremamente popular na Gra-Bretanha. Depois do seu regresso à Europa, o Herald enviou Stanley para cobrir a campanha Británica contra o Reino Ashanti na Costa do Ouro (agora Gana), em 1873. Ele escreveu sobre esta e a campanha anterior na Etiópia, publicando o livro Coomassie e Magdala: duas campanhas Britanicas (1874).

O New York Herald e o London Daily Telegraph partilharam os custos da próxima aventura de Stanley, no sentido de responder a algumas questões geográficas acreca da África Central que não ficaram resolvidas, e permaneceram após a morte de Livingstone em 1873. A expedição que durou desde Outubro de 1874 até Agosto de 1877, foi uma das mais difíceis alguma vez levada a cabo por um explorador Europeu em África, tendo ainda dado significativos avanços ao conhecimento do Continente. Stanley deixou Zanzibar com 359 homens e lentamente se dirigiu para o Lago Victória. Visitou o Rei Kabaka Mutesa de Buganda no lado oeste do Lago, conseguindo autorização para trazer missionários cristãos para a zona. Stanley navegou em todo o perímetro do Lago, envolvendo-se em algumas escaramuças com os habitantes das margens do lago. Nestes encontros Stanley, novamente, usou métodos brutais para combater a resistência Africana. Num desses incidentes, respondendo ao desafio dos habitantes de uma pequena ilha, utilizou modernas armas de fogo, matando dezenas de pessoas e ferindo muitas mais.

Após ter navegado o Lago Victoria Stanley deslocou-se para sul, navegando no Lago Tanganica, ele entrou para oeste pelo Rio Lualaba, um afluente do Rio Congo que Livingstone tinha localizado. Naquele que deve ter sido o seu maior feito como explorador, Stanley conduziu a sua equipa ao longo dos Rios Lualaba e Congo até ao Oceano Atlântico, numa distância de cerca de 3000 km, através de floresta equatorial e águas desconhecidas. Ao longo do percurso a expedição sofreu de doenças, deserção, afogamentos e ataques por africanos, incluindo uma emboscada por milhars de canibais. Dos 359 homens, apenas chegaram ao Oceano Atlantico, 108. Esta aventura, descrita no livro de Stanley, Através do Continente Negro (1878), responde a muitas das questões que os Europeus faziam na altura acerca da geografia da África Central, incluindo o tamanho e a drenagem dos Lagos Victoria e Tanganika. A viagem também revelou a existência dum caminho navegável, o Congo atingindo a região central de Áfricaque possuia grande potencial comercial. Foi informação preciosa para o Rei Leopoldo II da Bélgica, que rapidamente abriu a torneira da riqueza Africana.


4. CONTRATA-SE EXPLORADOR


Leopoldo ofereceu trabalho a Stanley logo que este chegou à Europa, mas Stanley precisava de descansar e preferia trabalhar para os interesses Británicos. Mas quando percebeu que os Ingleses não estavam interessados em desenvolver e colonizar a África Central, ele voltou ao Congo com o patrocínio do Rei Leopoldo em 1879. Nos seis anos seguintes Stanley trabalhou no sentido de atrair o baixo Congo ao comércio, construindo uma estrada que ia da foz até Stanley Pool (agora Pool Malebo), onde o rio se tornava navegavel. Este trabalho trouxe-lhe um nome de guerra, Bula Matari ou ‘destruidor de pedras”, um epíteto que também se aplica ao carácter de Stanley. Ele celebrou acordos com líderes locais reconhecendo a autoridade da Associação Internacional do Congo, uma suposta organização filantrópica que Leopoldo fundou e chefiava. Stanley reuniu-se com o explorador francês Savorgnan de Brazza, que liderava as pretensões francesas na área. Esta competição ajudou a organização da Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, na qual as principais potencias coloniais se encontraram para discutir as sus pretensões em África. Por causa dos esforços de Stanley, Leopoldo obteve direito para aquilo que era chamado o Estado Livre do Congo, que occupava a maior parte da bacia do Congo. Stanley escreveu acerca deste trabalho para Leopoldo no livro O Congo e a Fundação dum Estado Livre (1885).

Stanley a seguir interessou-se pelos desejos imperiais Británicos na África de Leste. Fez isso liderando uma expedição para a libertação de Mehemed Emin Pasha, um governador local no Sudão Egipcio, e expandir as reclamações Británicas na região. Emin foi expulso do Egipto em 1883, por uma revolta liderada por Muhammad Ahmad, um lider religioso islamico conhecido por Mahdi. Esta difícil viagem, que durou de 1888 e 1889, trouxe Stanley a terras que nunca nenhum Europeu tinha visitado. Stanley alcançou Emin perto do Lago Alberto em Abril de 1888, mas este inicialmente não desejava sair. Stanley celebrou acordos com líderes Africanos na região que autorizam as pretensões Británicas, naquilo que se tornaria o Leste de África Britanico, e por volta de 1889, persuadiu Emin a sair. Na sua viagem de regresso à costa do Oceano Índico, Stanley avistou a Ruwenzori Range descobrindo que o Rio Semliki ligava o Lago Alberto ao Lago Eduardo. Stanley escreveu essas descobertas no livro Na África Negra (1890).

5 – ÚLTIMOS ANOS

Stanley retirou-se depois desta última aventura. Em 1890 casou com Dorothy Tennant e a partir de 1892 saiu em visitas académicas aos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Ao regresssar a Inglaterra ele tornou-se um sujeito Inglês outra vez (tinha-se tornado cidadão americano em 1885), e em 1895 ganhou um assento no parlamento Británico, até 1900. Ele fez a sua última viagem a África em 1897, visitando as terras Británicas no sul de África e escreveu Através do Sul de África (1898). Stanley for armado Cavaleiro pela Monarca Rainha Victória em 1899.

6 – AVALIAÇÃO

Se Stanley está entre os exploradores Europeus mais impiedosos que passou por África, está também entre os melhor sucedidos. Muito do que o mundo ocidental conheceu acerca da África Central, incluindo os trajectos de rios e lagos, veio das explorações de Stanley. Ele foi uma pessoa chave na disputa empreendida pelas potências europeias em África. O seu apelo à Cristianização dos Africanos e pelo desenvolvimento do comércio com o interior, reflectiram os apelos anteriores de Livingstone e levaram os europeus a fixarem-se em território africano. Quando Stanley morreu em 1904, toda a África estava virtualmente nas mãos dos Europeus.

Tuesday 6 November 2007

QUEDAS VICTÓRIA - ZÂMBIA E ZIMBABWE

UMA DAS SETE MARAVILHAS NATURAIS DO MUNDO

A MAIS LARGA CORTINA DE ÁGUA DO MUNDO






As Quedas Victória ou Mosi-oa-Tunya (o fumo que trovoa) é uma queda de água situada no Sul de África entre os países Zâmbia e Zimbabwe. As quedas são, por algumas medições, as mais largas do mundo, e estão também entre as mais raras do mundo, e tem a maior biodiversidade natural de entre todas as maiores quedas de água do Mundo.

Mosi-oa-Tunya é o nome usado pelos habitantes locais e Quedas Victoria é o nome posterior dado pelos Europeus. Trata-se dum fenómeno natural com 1.7 km de comprimento e uma altura média de 108 metros, formando a mais larga folha de água do mundo.

A forma rara das Quedas Victória permite a vizualização das Quedas em todo o seu comprimento a cerca de 60 metros de distância, porque o Rio Zambeze cai num profundo, estreito abismo, ligado a uma série longa de gargantas. Poucas quedas de água permitem uma aproximação tal na sua base.

Muitos animais e aves de África podem ser observados nas imediações das Quedas Victória, os peixes mais comuns em África estão presentes no Rio Zambeze, permitindo a observação de animais e a pesca desportiva, além da observação das quedas.

As Quedas Victória são uma das maiores atracções turísticas de África, são Património Mundial da UNESCO. As Quedas são repartidas pela Zâmbia e pelo Zimbabwe, e cada país tem um Parque Nacional para o proteger e uma cidade servindo como centro turístico: Parque Nacional Mosi-oa-Tunya e Livingstone na Zâmbia, e o Parque Nacional Victoria Falls e a cidade de Victoria Falls no Zimbabwe.

Características físicas


Por uma considerável distância acima das quedas, o Zambeze corre sobre um nível de basalto, num vale pouco profundo ladeado por baixas e distantes colinas. O curso do rio está cheio de muitas ilhas com árvores, que vão aumentando à medida que o rio se aproxima das quedas. Não há montanhas, falésias ou vales profundos onde seria possível esperar a criação de quedas de água, somente planície que extende pos centenas de quilómetros em todas as direcções.

As quedas são formadas a todo o comprimento do rio numa única queda vertical num abismo de 60-120 m de altura, gravada pelas suas águas existe uma zona fracturada no planalto basaltico. A profundidade do abismo, chamado a Primeira Garganta, varia de 80 m mais a oeste a temrina em 108 metros no centro.

Há duas ilhas na crista das quedas que são suficientemente largas: Ilha Boaruka (ou Ilha Catarata) perto do banco oeste e a Ilha Livingstone no meio. Outras ilhotas dividem a cortina de água em rios paralelos mas separados. Os rios maiores chamam-se, em ordem, do Zimbabwe (oeste) para a Zambia (este): Leaping Water (chamada de Catarata do Diabo, por alguns), Main Falls, Rainbow Falls (a maior) e a Eastern Cataract.

Parâmetros Victoria Falls Niagara Falls Iguaçu Falls
Altura em metros 108 m 51 m 64-82 m
Comprimento (m) 1700 1203 2700
Fluxo médio anual 1088 2407 1746
Fluxo máximo 3000
Fluxo mínimo 300
Fluxo máximo 10 anos 6000
Fluxo Record 12,600 8269 12,800


A bacia do Zambeze acima das quedas tem a época das chuvas de final de Novembro a inicio de Abril, e tem época seca durante o resto do ano. O fluxo anual do rio é maior de Fevereiro a Maio, com um pico em Abril. A nuvem vinda das quedas chega a atingir 400 metros, e por vezes chega aos 800 m e é visivel a 40 km de distância. Na lua cheia, uma curva pode ser observada na nuvem, em vez do tradicional arco iris que é visto de dia. Na época das chuvas, todavia, é impossível observar o pé das quedas e a maior parte da cortina de água, e os passeios através da escarpa frontal estão a sofrer um constante chuveiro. Perto do bordo do penhasco, existe um spray, tal como chuva invertida, especialmente na ponte que liga os dois países.

Quando se instala a época seca, as ilhas tornam-se mais largas e mais numerosas e de Setembro a Janeiro metade da face rochosa das quedas torna-se seca e o topo da Primeira Garganta pode ser visto ainda para além da sua largura. Nesta altura é possível (não necessariamente seguro) caminhar em alguns troços do rio, na crista. É também possível caminhar no topo da Primeira garganta do lado Zimbaweano. O fluxo mínimo, que ocorre em Novembro, é cerca de um décimo daquele que se regista em Abril; esta variação de fluxos é maior do que nas outras grandes quedas, o que faz com que a média anual seja menor do que à partida se podia esperar. As quedas Victoria tem o dobro da altura das Quedas Niagara e cerca de duas vezes o comprimento das Quedas Horseshoe. Em altura e largura apenas rivaliza com as Sul Americanas Quedas de Iguaçu.

As Gargantas das Quedas Victória

As principais gargantas são:

Primeira Garganta: aquela em que o rio cai em Victoria Falls
Segunda Garganta: (ligada pela Ponte Quedas Victoria), 250 metros a sul das quedas, 2150 metros de comprimento.
Terceira Garganta: 600 metros sul, 1950 metros de comprimento.
Quarta Garganta: 1150 metros sul, 2250 metros comprimento.
Quinta Garganta: 2550 metros sul, 3200 metros de comprimento
Garganta Songwe: 5300 metros sul, 3300 metros de comprimento, denominada assim depois do Rio Songwe vindo do noroeste, e o mais fundo a 140 metros, no final da estação seca (novembro).
Garganta Batoka: a garganta por baixo da Songwe é chamada Garganta Batoka (a qual é também usada como guarda-chuva para todas as gargantas). Tem cerca de 120 km de comprimento (em linha recta cerca de 80 km), para leste das Quedas e toma o rio através do planalto basáltico para o vale no qual o Lago Kariba está situado agora.


Wednesday 31 October 2007

LIVINGSTONE - A CIDADE

Livingstone é uma cidade colonial histórica e actualmente é a capital da Provincia mais a Sul da Zâmbia, um centro turístico para Mosa-oa-Tunya (Quedas Victória), distanciadas 10 km a Sul, no Rio Zambeze, e uma cidade fronteiriça com ligações por estrada e caminho de ferro como Zimbabwe no outro lado das Quedas. A sua população em 2002 é cerca de 97000 pessoas.

História Pré Colonial

Mukuni, 10 km a sudeste, era a aldeia maior existente na área antes de Livingstone ter sido fundada. Os seus habitantes da etnia Baleva, são originários da cultura Rozwi no Zimbabwe, mas foram conquistados pelo Chefe Mukuni que veio do Congo no século XVIII. Outro grupo de Baleva sob as ordens do Chefe Sekute viveu perto do rio a oeste da cidade. Os mais numerosos na área eram, pensa-se, os Batoka sob o comando do Chefe Musokotwane, que estavam em Senkobo, 30 km a norte. Estes são o Povo Tonga do Sul mas são culturalmente e linguisticamente paracidos como os Baleya e juntam-se com eles como os “Tokaleya”.

Os Tokaleya pagam tributo aos Lozi de Barotseland mas em 1838 os Kololo, uma tribo Sotho proveniente da África do Sul expulsa pelas guerras Zulu, migrou para norte e conquistou os Lozi. Os Kololo colocaram como chefes dos Tokaleya, os seus subordinados Subiva . Em 1855 o explorador missionário inglês David Livingstone tornou-se o primeiro Europeu a esplorar o Zambeze na vizinhança de Livingstone e a ver as Cataratas Victoria quando foi levado lá por Sekeletu, Chefe dos Subiya/Kololo.

Em 1864 os Lozi atiraram para fora os mestres Kololo e reestabeleceram o seu dominio sobre os Subiya e os Tokaleya na vizinhança das Quedas, que se tornou a margem sudeste do Grande Reino Barotseland.


História Colonial

Nos anos 90 A Companhia Sul Africana Britanica de Cecil Rhodes estabeleceu regras imperiais no norte do Zambeze e lançou uma onde de prospecção de minério e exploração de outros recursos naturais tais como madeira, marfim e peles de animais no território ao qual chamaram Rodésia do Norte. O ponto de atravessamento principal do Zambeze era acima das quedas numa zona chamada Old Drift , por canoa, mais tarde num barco de aço puxado por oito remadores Lozi, ou uma barca ligada a um cabo de aço. A garganta Batoka e o vale profundo e as gargantas do Zambeze médio (agora inundados pela Barragem de Kariba) sendo este o melhor ponto de atravessamento. À medida que a zona do Old Drift foi sendo usada, o casario começou a aumentar e por volta de 1897 ela tornou-se no primeiro munícipio do país e é referida algumas vezes como “velha Livingstone”. A proximidade de zonas com grande incidência de mosquitos, fez com que ocorressem muitas mortes por malária, por isso a aprtir de 1900 os Europeus mudaram-se para áreas mais altas como a Colina Constituição ou correios Sandbelt, e esta área cresceu e tornou-se numa cidade chamada Livingstone, em homenagem ao famoso explorador.

Em meados dos anos 90 os Caminhos de Ferro Rodesianos chegaram a Bulawayo na Rodésia do Sul estimulado pelo desenvolvimento industrial da zona, alimentado pelas minas de carvão a apenas 110 km a sudeste de Mosi-oa-Tunya. O Caminho de Ferro extendeu-se atá Hwange pelo carvão, mas a visão de Rhodes era continuar para norte para alargar o Império Británico, e levá-lo até ao Cairo, se fosse possível. Em 1904 o Caminho de Ferro chega às Quedas no lado Sul e começa a construção da Ponte Quedas Victória. Impaciente para esperar pelo fim da construção da ponte, Rhodes tinha a linha de Livingstone para Kalomo construida e as operações começaram alguns meses antes do uso da ponte, usando uma só locomotiva que foi atravessada em peças através de cabos temporários colocados junto ao estaleiro de construção da ponte.

Com a abertura da ponte em 1905, Livingstone teve um crescimento explosivo e a Empresa Sul de África Britanica mudou a capital do território para aí em 1907. Em 1991 a companhia anexou o território com a Rodésia Noroeste, tornando-se a Rodésia do Norte.

Livingstone prosperou da sua posição de porta de entrada entre os lados norte e sul do Zambeze para uma posição de centro agrícola da Provincia do Sul e de produção e comercialização de madeira das florestas do noroeste. Um grnade número de edifícios coloniais foram construidos nessa altura. Entretanto a capital muda-se para Lusaka em 1935 para estar mais próximo do centro económico da Cintura do Cobre, indústrias da madeira, peles, tabaco, algodão (incluindo têxteis) e outros produtos agrícolas em ascenção. Um central hidroeléctrica foi construida aproveitando a água da Catarata mais a leste das Quedas. A cidade de Quedas Victoria na Rodésia do Sul tinaha o comércio turístico, mas muitos abastecimentos eram provenientes de Livingstone.

De todas as cidades da Rodésia do Norte, a Livingstone colonial tomou um carácter mais parecido com a Rodésia do Sul ou mesmo a África do Sul da altura, com uma marcada forte segregação embora não se tratasse de política de apartheid oficial, na prática tinha os mesmos efeitos. As metades norte e do oeste da cidade e o centro estavam reservadas ao governo colonial aos negócios dos brancos e às áreas residenciais associadas, enquanto os Africanos, como os Maramba (chamados assim a propósito do pequeno rio existente aí) estavam no sul e Este. Asiáticos e as pessoas de raça mista tinham negócios no meio, do lado Este do centro.

Com o aproximar da independencia e por uns anos mais tarde, muitos brancos da cidade mudaram-se para a Rodésia ou para a África do Sul.

Pós Independência

Na altura da Independencia, em 1964, Livingstone tinha como beneficio os gastos do novo governo no desenvolvimento, como uma fábrica de automóveis, e os ganhos do exército de expatriados contratados para esses projectos, assim como por zambianos que experimentavam pela primeira vez a liberdade no seu país. Todavia, no final dos anos 60, aquando da crise da UDI (Declaração Unilateral de Independência) da Rodésia forçou a Zâmbia a encerrar a fronteira em Livingstone; a cidade sofreu um declínio económico devido à baixa no turismo e perdeu-se o comércio com o Sul. A indústria da madeira acabou com o fim das florestas à volta de Mulobezi, e a indústria transformadora sofreu da ineficiência das empresas do Estado. Nos anos 70 e 80 a crise foi aumentada pelo calamidade que constituiu o abaixamento dos preços do cobre e a incapacidade da gestão economica do Governo, de tal forma que quando foi reaberta a fronteira com o Zimbabwe em 1980, após a independência deste país, Livingstone não conseguiu tirar partido disso. A cidade parecia parada no tempo e incapaz de alcançar novo desenvolvimento e manter a infraestrutura existente.
Nos últimos 10 anos, apesar da indústria transformadora continuar a decair, com o encerramento de empresas têxteis que não conseguem competir com os países asiáticos, Livingstone tem vivido um ressurgimento do turismo. Todavia está debaixo de alguma pressão ambiental – desde o declínio na indústria do cobre e alguns sectores agrícolas, mais pessoas tem mudado para a cidade à procura de emprego. Como resultado disto aumentou a criminalidade e os problemas com os resíduos sólidos.
A esperança de Livingstone assenta no Corredor de Walvis Bay com a abertura da Ponte de Katima Mulilo e da Autoestrada Transcaprivi, o qual traz mais negócio à cidade.
O nome Maramba está aos poucos a tomar conta da cidade. Foi até proposto para nome alternativo para a cidade. Livingstone é o único nome não Africano para uma cidade em toda a Zâmbia e nunca foi alterado devido à acção do Presidente Keneth Kaunda, cujo pai foi educado por missionários Escoceses que siguiram as pisadas de Livingstone. O recente aumento do fenómeno do turismo pode significar que uma alteração do nome não seja benéfica em termos comerciais e pode prejudicar o reconhecimento internacional da cidade como destino turistico internacional.

Thursday 25 October 2007

LIVINGSTONE - O HOMEM


Introdução

David Livingstone, missionário escocês e médico, passou metade da sua vida explorando a África Austral. Além de ter contribuido largamente para o conhecimento da geografia do continente Africano na Europa, chamou a atenção para esta zona de África e estimulou a actividade missionária cristã nesta zona. As suas actividades ajudaram a trazer uma competição por África, a qual foi virtualmente retalhada pelas potências Europeias nos finais do séc. XIX e início do séc. XX.

Livinstone nasceu em Blantyre, na Escócia, de uma familia religiosa e trabalhadora. Aos dez anos começou a trabalhar numa fábrica têxtil local, longas horas e um pagamento miseravel. Ele lia e estudava diligentemente quando nao estava a trabalhar e em 1836 entrou no Colégio Anderson (agora Universidade de Strathclyde), em Glasgow. Teologia e medicina foram os seus primeiros interesses. Em 1838 a Sociedade Missionária de Londres aceitou-o como candidato, e dois anos depois recebeu o diploma de medicina da Universidade de Glasgow. A Primeira Guerra do Ópio (1839-1842) entre a Inglaterra e a China arruinaram as suas esperanças de se tornar um missionário na China, mas a sociedade missionária arranjou um novo lugar para ele no Sudeste Africano.

Viagens Missionárias

Livingstone tinha 27 anos quando chegou à Cidade do Cabo, na ponta Sul de África em 1841. Prosseguiu para a missão mais a norte que tinha a Sociedade, Kuruman, na franja sul do Deserto do Kalahari. As estação tinha sido deixada pelo missionário Escocês Robert Moffat. Insatisfeito com o pequeno número de fiéis em Kuruman, e tendo um crescente desejo para, como ele dizia, “pregar o evangelho atrás acima de todas as coisas do homem”, Livingstone começou a aventurar-se mais para norte. Passados alguns anos ele tinha a sua própria estação em Mabotsa nas margens do Rio Limpopo. Em 1845 Livingstone casou com Mary Moffat, uma das filhas de Robert Moffat que Livingstone tinha conhecido em Kuruman. Ao longo dos anos nas suas explorações, Mary e seus filhos viajaram com Livingstone, enfrentando consideraveis privações.

Como missionário, Livingstone rapidamente veio a acreditar que a sua tarefa primária nâo era permanecer sempre no mesmo lugar, pregando o evangelho aos poucos interessados em ouvi-lo. Em vez disso, ele deveria continuar, alcançando novos grupos e passando-lhes o conhecimento do Cristianismo. Ele queria expandir esta ideia, acreditando que o seu papel era abrir o interior Africano a influências externas da Civilização Ocidental. Assim que isto acontecesse, pensava ele, comércio e Cristianismo deviam andar de braço dado para acabar com a escravatura e levantar o Povo Africano. Livingstone sonhava com isso (“abrirei um caminho para o interior ou morrerei”, confidenciou ao seu irmão), e tornou-o um dos maiores exploradores de África, nascido na Europa.

Em 1849, juntamente com dois atletas europeus e um guia Africano, Livingstone atravessou o Deserto do Kalahari e fundou Lake Ngami, lendária entr eo povo do Sul do Kalahari pela terra rica e fértil. Ele esperava alcançar o Povo Makololo mais a Norte (ele achava que o Chefe estaria aberto a uma missão Cristã), mas não conseguiu chegar a essa área. Dois anos mais tarde, acompanhado da mulher e filho, Livingstone atravessou o deserto outra vez. Desta vez ele alcançou os Makololo, cujo Chefe o recebeu abertamente, e avistou o Rio Zambeze. Livingstone visionou o Zembeze como uma via navegavel que ajudaria o interior da África Central.

EXPLORAÇÕES DE RIOS

Livingstone voltou à Cidade do Cabo em 1852, mandou a família para Inglaterra, e então fez preparativos para uma expedição de regresso. A sua intenção era criar um local saudavel na região de Makololo para construir uma missão e centro de comércio, e encontrar uma rota desde o alto Zambeze até uma das costas africanas. Ao longo de quatro anos ele ele empreendeu esta marcante aventura. Primeiro ele viajou para trás até ao Zambeze, daí para oeste até à Costa do Oceano Atlântico em Luanda (agora em Angola). Tendo falhado ter encontrado uma via navegavel e ligar o rio e a costa, Livingstone regressou ao Zambeze e iniciou a descida do rio. A despeito de vários episódios de malária, disenteria e fome, ele guardou cuidadosamente dados geográficos, que vieram preencher grandes lacunas existentes no conhecimento Europeu da Áfrical Central e Sul. Em 1855 Livingstone tornou-se o primeiro Europeu a ver o mergulho espectacular do Zambeze numa garganta estreita, a qual ele chamou Quedas Victória, em homenagem à monarca Britânica. Livingstone alcançou a boca do Zambeze no Oceano Índico em Maio de 1856, tornando-se o primeiro Europeu a ter atravessado em todo o seu comprimento, o Sul da África.

Livingstone regressou a Inglaterra como um herói nacional, e foi agraciado pela Sociedade Geográfica Real. O seu livro Viagens Missionárias e Pesquisas na África do Sul (1857) foi largamente difundido e fez discursos através do país. Em 1857 ele abandonou a Sociedade Missionária de Londres, cujos directores não estavam convencidos de que ele estivesse a espalhar o Evangelho durante as suas viagens. Como Mary e um filho, ele partiu para África outra vez em Março de 1858, desta vez com um encontro oficial com o Consul de Sua Majestade para a Costa Leste de África.

Entre 1858 e 1863, com meia dúzia de assistentes Britânicos e sucessivos barcos a vapor, Livingstone explorou o Zambeze, o Rio Shire, o Lago Malawi e o Rio Rovuma. Em 1861 Livingstone ajudou a Missão Universidade a instalar uma estação perto do Lago Chilwa, a sul do Lago Malawi; a morte do lider da missão e a retirada durante um ano foram reveses dificeis de ultrapapsssar. A nível pessoal ocorreu a tragédia da morte de Mary Livingstone em Abril de 1862 devido a malária. Juntando a isto, Livingstone estava incomodado com o comércio de escravos entre o Lago Malawi e a Costa Leste de África. Encontros com marchas de escravos acorrentados e com um território devastado pela guerra e pela escravatura desanimaram-no. Livingstone foi obrigado em 1864 pelo Governo Britanico a regressar, decepcionado com os resultados das suas explorações.

Livingstone Jornada Final

Regressado a Inglaterra, Livingstone permaneceu imensamente popular na Sociedade Geográfica Real e junto do público Britânico. Os seus discursos acerca da necessidade de agir contra o comércio de escravos e a publicação de Narrativa duma Expedição ao Zambeze e seus Tributos (1865) trouxeram suporte privado para outra aventura, desta vez para explorar as linhas divisórias das águas na África Central. Esta expedição deverá procurar a nascente do Nilo, um assunto muito em voga na Europa, e produzir novos relatórios sobre o comércio escravo na região. Livingstone nunca perdeu a esperança que “civilizando influências” poderiam começar o processo de supressão do comércio escravo, ao qual chamou “esse diabo enorme”. Designado Consul Britanico para a África Central, sem salário, ele partiu para África em 1865.

A expedição final de Livingstone durou de 1866 até à sua morte em 1873. Estava acompanhado por dois africanos: Chuma, um escravo libertado e Susi, um homem empregado anteriormente numa expedição com barco a vapor. Livingstone, tentou uma vez mais, sem sucesso, penetrar a Leste seguindo pelo Rio Rovuma. Aí, acometido por várias febres e tornando-se cada vez mais fraco, ele explorou o Lago Malawi, o Lago Mweru, o Lago Bangweulu, e os curso de água de rios fluindo de e para esses lagos. A partir de Ujiji no Lago Tanganica ele acompanhou um grupo de mercadores árabes de escravos para Oeste, em Março de 1871, tornando-de o primeiro Europeu a alcançar o Rio Lualaba. Livingstone teorizou que o Lualaba seria a nascente do Nilo (é actualmente a nascente do Rio Congo), mas a instabilidade causada pela captura de escravos tornou o avanço da exploração impossivel. Com a sua saúde a deteriorar-se, regressou a Ujiji em Outubro.

Durante a maioria destas últimas explorações, Livingstone estava impossibilitado de relatar as suas actividades, e o seu bem estar tornou-se uma matéria de preocupação internacional. Cinco dias depois da sua chegada a Ujiji, uma equipa chefiada pelo Anglo-americano e jornalista Henry Morton Stanley alcançou Livingstone. Stanley supostamente cumprimentou Livingstone com as famosas palavras “Dr. Livingstone, presumo eu” depois de Livingstone ter convencido Stanley de que ele não estava a precisar de socorro, os dois homens exploraram juntos o Lago Tanganica. Então, reabastecido de víveres, Livingstone avançou uma vez mais, através do Lago Bangweulu, e continuou os seus esforços em procura da nascente do Nilo. A disenteria enfraqueceu-o de tal forma que teve de ser transportado em maca, e finalmente já não podia viajar de todo. Faleceu em Chitambo (na Zâmbia, actualmente) em Maio de 1873. Chuma e Susi enterraram o seu coração na base duma árvore e secaram e embrulharam o corpo de Livingstone. Então carregaram o corpo, juntamente com os documentos e instrumentos de Livingstone até à Ilha de Zanzibar, no Oceano Índico, uma viagem que demorou nove meses. Em Abril de 1874 os restos mortais chegaram a Londres e foi sepultado na Abadia de Westminster. O funeral do herói levantou mais uma vez a atenção dos Britânicos para as ideias de Livingstone para o progresso de África. As Últimas Jornadas de David Livingstone na África Central (1874) foi publicado postumamente.

Wednesday 24 October 2007

PARQUE NACIONAL MUDUMU


O Parque Nacional Mudumu, criado em 1990, abarca cerca de 1000 quilometros quadrados de savana, áreas de mopana (árvore própria desta região), e pântano junto ao Rio Kuando. Muito animais podem ser encontrados no Parque incluindo antilope vermelho, impala, antilope ruão e zebra de Burchell. Os lugares húmidos são habitados pela lontra com pescoço manchado, hipopótamo, peixe tigre e crocodilo. Em termos de aves o Parque apresenta uma diversidade imensa, das quais se destacam a Águi Pesqueira Africana e a Coruja Pesqueira. Na periferia do Parque podem ser encontradas algumas aldeias típicas da cultura tradicional Lizuali, onde se pode aprender mais acerca da cultura e do estilo de vida dos Povos da Faixa Caprivi.
A viagem incluirá a estadia no Lodge Namushasha mesmo na entrada deste Parque (a 27 Km de Kongola).

HISTÓRIA DA ZÂMBIA


Os originais habitantes da Zâmbia, como a conhecemos hoje, foram os Bushman (também chamados San), que eram caçadores e recolhiam aquilo que a natureza lhes dá, que tinham uma vida nómada, com tecnologia da idade da pedra.

Os Bushman eram os únicos habitantes da região até ao século IV, quando os Bantu ou Tonga começaram a imigrar vindos do Norte. Tinham tecnologia mais desenvolvida – eram agricultores e tinham ferramentas de ferro e cobre e armas, tinham conecimentos de cerâmica. Ainda hoje o povo Tonga é reconhecido como bons agricultores, quer na produção de alimentos, assim como na criação de gado. Eram sedentários e viviam em pequenas vilas autosuficientes, com poucas casas, cultivando sorgo e feijão, assim como criando gado e caprinos.
Com a introdução da agricultura a população cresceu e mais terra foi sendo cultivada.
Assistiu-se à emergência de Reinos e à generalização da imigração. Quatro Reinos estabeleceram-se no período compreendido entre o século XVI e XIX, o Kazembe-Lunda no centro norte a volta do Rio Luapala, o Bemba no Nordeste, o Chewa no Leste e o Lozi no Oeste centrado acima do Rio Zambeze.

O território da Zâmbia actual, por estar distante da costa, não teve contacto directo com não africanos até muito recentmente na sua história. Mercadores Árabes e Portugueses aí se deslocavam no século XVIII. O primeiro registo de uma visita de Europeus à Zâmbia data de 1796, e foi Manoel Caetano Pereira (descendente de Goeses e Portugueses) e Francisco José Maria Lacerda (um explorador), em 1798. Amboa chegaram via Tete, em Moçambique para a capital dos Mwata Kazembe, tentando o acordo do chefe para a criação duma rota portuguesa de comércio entre os seus territórios de Moçambique e Angola. Lacerda morreu algumas semanas depois mas deixou uma valiosa contribuição escrita, que foi mantida pelo padre que o acompanhava e que mais tarde viria a ser traduzida para inglês pelo explorador Richard Burton.
Todavia, acredita-se que os Portugueses primeiro fixaram-se em Zumbo, Moçambique em 1720, que é mesmo ao longo do Rio Luangwa, da Zâmbia, na confluência com o Rio Zambeze. Por volta de 1829 eles fixaram-se no lado zambiano em Feira (agora Luangwa). Por isso é muito provável que eles visitassem território Zambiano entre 1720 e 1820.
O primeiro Britanico a colocar o seu pé em solo Zambiano foi David Livingstone. Em 1851 ele começou a sua famosa exploração de subida do Rio Zambeze, e em 1855 ele tornou-se o primeiro Europeu a ver Mosi-oa-Tunya, as quedas de água no Rio Zambeze, às quais ele veio a chamar mais tarde Rainha Victoria, e a cidade Zambiana mais próxima das Quedas, veio a chamar-se Livingstone em sua homenagem.

Período Colonial

Em 1988, Cecil Rhodes, representando os interesses políticos e comerciais na África Central, obteve dos chefes locais a concessão dos direitos minerais. No mesmo ano, Rodésia do Norte e Rodésia do Sul foram proclamadas como esfera de influência Britanica. No início o território pela empresa de Rhodes (British South Africa Company), a qual mostrou muito pouco interesse pela província, mas sim pela mão de obra barata.

Em 1923 o Governo Britânico decidiu não renovar o mandato da empresa de Rhodes; como resultado, a Rodésia do Sul foi anexada formalmente e admitida a sua auto governação. Depois de negociações a administração da Rodésia do Norte foi transferida para o Gabinete Colonial Britanico em 1924, como um protectorado, com Livingstone como capital. Foi mais tarde transferida para Lusaka em 1935. Um Conselho Legislativo foi estabelecido, mas apenas com assento de representantes da minoria branca (na altura eram 4000 pessoas).

Independência


Em 31 de Dezembro de 1963, a Federação da Rodésia e Nyasaland (criada em 1953) foi dissolvida, e a Rodésia do Norte tornou-se República da Zâmbia em 24 de Outubro de 1964.

Após as eleições, Kenneth Kaunda foi eleito Primeiro Ministro, e ainda no mesmo ano foi eleito Presidente da República, após o país ter adoptado um sistema presidencial.

Kaunda adoptou como ideologia o socialismo africano, baseado no sistema implantado por Julius Nyerere na Tanzânia. Políticas económicas focadas no planeamento centralizado e nacionalizações, e um sistema de partido único foi implementado.

Assim, Kaunda foi sucessivamente eleito em 1968, 1973, 1978, 1983 e 1988.

A Economia e a crise do cobre

Após a independência a Zâmbia adopta um política económica de esquerda. A economia era baseada em planos centrais, planos quinquenais, empresas privadas foram nacionalizadas e incorporadas em grandes conglomerados estatais. O objectivo do governo era atingir a autosuficiência, conseguindo fazer a substituição das importações. No início o plano funcionou mas depois a economia começou a declinar drasticamente. A economia estava muito dependente da indústria do cobre que tinha sido nacionalizada. Durante os anos 70 o preço baixou, resultando num grande deficit para as empresas do Estado, por outro lado os conflitos armados nos países vizinhos criaram problemas de transportação. Para lidar com a crise a Zâmbia contraiu grandes empréstimos junto do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, esperando que os preços do cobre subissem novamente, em vez de efectuar reformas estruturais.

Multipartidarismo

Após ter sido lavrada uma nova constituição, foram efectuadas eleições em 1991. Frederick Chiluba tornou-se no novo Presidente da República.
Actualmente Levy Patrick Mwanawasa é Presidente da Zambia desde 2002.

Tuesday 23 October 2007

GROOTFONTEIN

Grootfontein é atravessada pela B8, a Estrada Nacional Namibiana que liga Windhoek à Faixa Caprivi, na parte nordeste da Namibia. O nome da cidade do Triangulo Otavi, é African e significa “Primavera Grande”. Em 1885, 40 familias Boer provenientes do noroeste da África do Sul, instalaram-se aí. Os “Dorstland Trekkers” foram conduzidos para Angola para se lá fixarem, mas entretanto tornou-se numa colónia Portuguesa, eles sairam e fundaram a “Republic Upingtonia”, em Grootfontein. Dez anos mais tarde, começaram operações de mineração. Os alemães tomaram o controlo e estabeleceram uma base militar como porta para a Faixa Caprivi.

Tal como as outras cidades do Triângulo Otavi, Grootfontein é muito verde e na primavera, muitas Jacaranda podem ser vistas em todo oseu explendor púrpura. A pequena cidade de cerca de 10000 habitantes é ideal para pernoitar se está de viagem para Caprivi ou Bushmanland. A velha fortaleza alemã Schutztruppe do ano 1896 merece uma visita, sendo hoje em dia um museu da história local.

Grootfontein tem algo de especial para oferecer: na Quinta Hoba, a 24 km de distancia da cidade, encontra-se o maior meteorito alguma vez encontrado.

Meteorito de HOBA – o maior meteorito conhecido no Mundo


O meteorito está localizado na Quinta de Hoba, nos arredores de Grootfontein. Foi descoberto e pela primeira vez descrito por J. Brits em 1920. O seu testemunho pode ser observado no Museu de Grootfontein. O meteorito pesa aproximadamente 60 toneladas e mede cerca de 2,95 m de comprimento por 2,84 metros de largura. Não é só o tamanho e o peso que o tornam o mais conhecido metorito do mundo, mas também a sua forma cúbica que é bastante rara nos meteoritos. Foi declarado monumento nacional em Março de 1955, mas apesar disso foi vandalizado ao longo dos anos. A idade estimada do meteorito é de 200 a 400 milhões de anos e caiu na Terra à aproximadamente 80000 anos atrás. O metorito de Hoba é constituido por 82% de ferro, 16% de niquel, 1% de cobalto e vários outros elementos. Em 1985 a empresa Rossing Uranium Lda disponibilizou um fundo para evitar a degradaçao e o vandalismo no monumento. O local foi doado ao Estado pelo dono da Quinta, para fins educacionais, em 1987 e foram criadas instalações turÍsticas de apoio. Como resultado destas acções, o vandalismo do meteorito de Hoba acabou e agora é visitado por milhares de pessoas todos os anos.

TSUMEB

Tsumeb fica situada no chamado “Triangulo Otavi; a área constituida entre as cidades de Tsumeb, Otavi no sudoeste e Grootfontein no sudeste. Estas cidades distam entre si cerca de 60 quilometros. O Triangulo Otavi tem alguma precipitação por isso existe muita terra cultivada, na sua maior parte com milho e trigo, mas também vegetais e fruta. Tsumeb tem um aspecto muito verde. A melhor altura para visitar Tsumeb é a primavera, quando as árvores Jacaranda estão a florir. A “Cidade Jardim”de Tsumeb com cerca de 15000 habitantes, é economicamente dependente da indústria mineira. Até os “bushman”encontraram cobre aqui, numa colina de malaquite, o qual trocavam por tabaco, com os Ovambo.

Por volta de 1900, começou a mineração industrial de cobre, chumbo, prata, zinco e cádmio. Os filões de minério de Tsumeb – de origem vulcânica – de facto, contem muitos mais minerais, alguns deles raros. Um total de 217 diferentes minerais foram descobertos. A mina entrou em falência à alguns anos atrás, mas entretantos já foi retomada a produção.

Pode-se aprender mais alguma coisa acerca do mundo fantastico dos minerais e cristais no museu local de Tsumeb.

OTAVI


A pequena cidade de Otavi, juntamente com Grootfontein e Tsumeb, faz parte do chamado Triangulo de Otavi, uma área relativamente próspera na agricultura devido à elevada precipitação que se regista, especialmente milho e luzerna, devidamente irrigada. Apesar da cidade não ter muitos pontos de interesse turístico, os arredores tem. O Memorial Khorab, a cerca de três quilometros de Otavi, remonta à Primeira Guerra Mundial e marca o momento onde um cessar-fogo foi assinado em Khorab em 9 de Julho de 1915. Na Quinta Ghaub, 35 km a nordeste de Otavi, existem as Grutas Ghaub, extraordinárias pelas suas estalactites e pinturas Bushman. Na imagem pode ver-se o Lago Otavi. Foram proclamadas monumento nacional, mas como se encontram em propriedade privada, os visitantes necessitam de uma autorização para o efeito. Esse documento é obtido em Windhoek, no Ministério do Ambiente e Turismo.

As cidades da Namibia

Neste capítulo serão focadas as principais cidades do norte da Namíbia, não propriamente as mais importantes, mas as que ficarão na rota Etosha Park -> Faixa Caprivi. Serão descritas as cidades do Triângulo de Otavi, Otavi, Grootfontein e Tsumeb e as da Faixa Caprivi, Rundu, Kongola e Katima Mulilo.

História da Namíbia - 2. Parte

Em 1983, um comerciante Alemão, Adolf Lüderitz, comprou Angra Pequena ao Chefe Nama, Joseph Fredericks. O preço pago foram 10000 Marcos Reais e 260 armas. Rapidamente ele redenominou a área costeira, dando-lhe o nome de Lüderitz. Acreditando que a Inglaterra estava prestes a declarar toda a área como um protectorado, Lüderitz alertou o chanceler alemão Otto Von Bismarck para reclamar esse território. Em 1884 Bismarck estabeleceu a África do Sudoeste Alemã como uma colónia (Deutsch Süd-West Afrika, em alemão).

Uma região, a Faixa Caprivi, tornou-se parte da África do Sudoeste Alemã depois do Tratado de Heligoland-Zanzibar, assinado em 1 de Julho de 1890, entre o Reino Unido e a Alemanha. A Faixa Caprivi na Namibia deu à Alemanha acesso ao Rio Zambeze e consequentemente às colónias alemãs na África de Leste. Em troca com a Ilha de Heligoland no Mar do Norte, a Inglaterra tomou o controlo da Ilha de Zanzibar na África de Leste.


Regência Sul Africana 1915-1966


Em 1915, durante a 1ª Guerra Mundial, a África do Sul, sendo membro da Commonwealth Británica e uma antiga colónia Británica, ocupou a colónia Alemã, África Sudoeste.

Em 17 de Dezembro de 1920, a África do Sul tomou conta da administração da África do Sudoeste, sob os termos do artigo 22 do Convénio da Liga das Nações. A seguir à supressão da Liga, pelas Nações Unidas em 1946, a África do Sul recusou suspender o seu mandato anterior para ser substituida por uma troika das Nações Unidas, requerendo uma monitorização internacional mais perto da administração do território.

Embora o Governo da África do Sul quisesse incorporar a África do Sudoeste no seu território, nunca fez isso oficialmente, embora administrasse “de facto” a quinta provincia, com a minoria branca a ter assento no Parlamento Sul Africano (só com brancos).

Durante os anos 60, as potencias Europeias garantiram a independência das suas colónias e territórios em África, e aumentaram a pressão sobre a África do Sul para que fizesse o mesmo com a Namíbia, que ainda era África Sudoeste. No julgamento (1966) pelo Tribunal Internacional de Justiça de uma queixa trazida pela Etiópia e Libéria contra a presença continuada da África do Sul no território, a Assembleia Geral das Nações Unidas revogou o mandato da África do Sul.

A Luta pela Independência 1966-1990

Também em 1966, a Organização Popular África do Sudoeste (SWAPO) começa a fazer ataques de guerrilha na África do Sul, infiltrando-se no território a partir de bases na Zâmbia. Depois de Angola se tornar independente em 1975, a SWAPO estabelece bases no sul do país. As hostilidades intensificam-se ao longo dos anos, especialmente no Ovamboland.

A 9 de Fevereiro de 1990 a Assembleia Constituinte preparou e adoptou uma Constituição. No dia da Independencia, a 21 de Março de 1990, estiveram presentes altas figuras da politica internacional, incluindo o Secretário Geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar e o Presidente da África do Sul F. W. de Klerk, que juntamente conferiram a independência formal à Namibia.

Sam Nujoma foi investido como primeiro Presidente da Namibia, investidura testemunhada por Nelson Mandela (recentemente libertado), assim como representantes de 147 países, incluindo 20 Chefes de Estado.

A 1 de Março de 1994, o enclave costeiro de Walvis Bay e 12 ilhas off-shore foram tranferidas para a Namibia pela África do Sul. A resolução pacífica desta disputa territorial, que data de 1878, foi aplaudida por toda a comunidade internacional, em cumprimento da resolução UNSCR 432 (1978), a qual declarava que Walvis Bay era parte integrante da Namíbia.

Monday 22 October 2007

História da Namíbia - 1. Parte

A história da Namíbia passou por diversas etapas, a Namibia como estado moderno e independente apenas existe desde que a África do Sul deixou o controlo do país em 1989. No início do século XX, a Namibia era uma colónia alemã (German South West Africa – Sudoeste Africano Alemão). A partir da Primeira Guerra Mundial, tornou-se um território administrado pela Liga das Nações. A seguir à Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas mandataram a África do Sul para exercer o controlo do país enquanto África Sudoeste, sendo administrado por um administrador geral Sul Africano.

História pré colonial

Há uma grande quantidade de pinturas rupestres na Namíbia. O local arqueologicamente mais famoso é a Cave Apolo 11, contendo pinturas com 25000 anos. Os Bushmen (homens primitivos, também chamados San) são unanimamente conhecidos como sendo os primeiros habitantes da região compreendida a actual Namíbia, Botswana e África do Sul. Os Bushmen eram caçadores e colhiam aquilo que a natureza lhes dava, com um estilo de vida nómada. A sua dieta era constituida por frutos, nozes e raízes, mas também caçavam diferentes tipos de antilope. Ao longo dos tempos diferentes grupos étnicos de imigrantes estabeleceram-se na Namibia.

Influência europeia e colonização

O primeiro europeu a colocar o pé em solo Namibiano foi o português Diogo Cão, em 1485, que parou brevemente na Skeleton Coast, onde fez uma incursão, na sua missão exploratória da costa oeste de África.
O europeu que visitou a Namíbia a seguir foi também um português, Bartolomeu Dias, que parou num local que hoje se chama Walvis Bay e Lüderitz (que ele chamou Angra Pequena) na sua viagem de ida para o Cabo da Boa Esperança. A agressividade do Deserto do Namibe constituiram uma barreira inultrapassavel e nenhum deles logrou entrar no continente.
Em 1793 a autoridade Holandesa no Cabo decidiu tomar o controlo de Walvis Bay, pois era a única baía de águas profundas ao longo da Costa de Skeleton. Quando o Reino Unido tomou o controlo da Colónia Cabo em 1797, também tomaram Walvis Bay. Mas a comunidade branca na área era limitada, e nem Holandeses nem Britanicos penetraram muito no continente.
Um dos primeiros grupos de Europeus a mostrar interesse na Namíbia foram os missionários. Em 1805, a Sociedade Missionária de Londres começou a trabalhar na Namíbia, indo do norte até á colónia Cabo. Em 1811 fundaram a cidade Bethanie no sudeste Namibiano, onde construiram uma igreja, que é hoje, o mais antigo edifício da Namíbia. Nos anos 40 a Sociedade Missionária do Reno, alemã, começou a trabalhar na Namíbia e a cooperar com a Sociedade Missionária de Londres.
A primeira reclamação de território numa parte da Namíbia aconteceu em 1878, quando a Inglaterra anexou Walvis Bay em nome da Colónia Cabo, confirmando o seu estabelecimento de 1797. A anexação foi uma tentativa de acabar com as ambições germanicas na área, e também para garantir o controlo das baías com águas profundas da Colónia Cabo e outras colónias britanicas na costa oeste de África.

Etosha National Park - Namibia (2. Parte)


A observação de animais no Parque Nacional Etosha é excelente, e os melhores meses são de Maio a Setembro, os meses mais frios na Namíbia. Os visitantes podem observar muitos antílopes, elefantes, girafas, rinocerontes e leões. Com um pouco de sorte podem ainda ser vistos leopardos e chitas. Existe uma rede de estradas ligando os três parques de campismo e estradas secundárias que levam aos vários pontos de água.
Quando foi fundado, no inicio do Séc. XX, o Parque Etosha era constituido por uma área de cerca de 100000 km2. Tratava-se da maior reserva natural do Mundo, mas nos anos sessenta pressões políticas fizeram com que a sua dimensão fosse reduzida para as dimensões actuais. Os turistas no Parque Etosha podem permanecer em três parques de campismo, a saber, o Namutoni, Halali e Okaukuejo – todos concessionados à empresa Namibia Wildlife Resorts. Cada parque tem instalações turisticas, tais como restaurante, uma loja (vendendo apenas artigos básicos), uma garagem para abastecimento de combustivel e reparações básicas, piscina, assim como vários tipos de alojamento e acampamento. Visitantes não residentes do Parque Etosha, isto é, turistas alojados num dos vários lodge ou hotel nas cercanias do Parque, podem permanecer nesses parques para descansar, recrear e abastecer. Todos os três campos tem pontos de água iluminados, dois deles proporcionam excelentes observações nocturnas. Rinocerontes e elefantes são vistos frequentemente no ponto de água de Okaukuejo, enquanto o recente ponto de água de Halali está rapidamente a atrair mais vida animal. Contudo, O ponto de água de Namutoni é uma desilusão, provavelmente devido a existência de outros pontos de água na vizinhança.

Friday 19 October 2007

Etosha National Park - Namibia (1. Parte)




O Etosha National Park é uma das melhores e mais importantes Reserva Natural da África Austral. A Reserva de Etosha foi declarada Parque Nacional em 1907 e cobria uma área de 22270 K2, abrigando 114 espécies de mamiferos, 340 espécies de aves, 16 espécies de amfíbios e surpreendentemente uma espécie de peixe. Etosha significa "lugar branco e grande", é dominado por uma massiva planície mineral. A planície salgada é parte da Bacia do Kalahari, o chão onde foi formada à 1000 milhões de anos. A planície salgada de Etosha cobre cerca de 25 % do Parque Nacional. A planície salgada era originalmente um lago, alimentado pelo Rio Cunene. Entretanto o curso do rio mudou à milhares de anos atrás e o lago secou. A planície salgada é actualmente uma larga depressão contendo sal e poeira, a qual enche quando as chuvas são intensas e mesmo assim por pouco tempo. Esta água temporária na planície salgada de Etosha atrai milhares de aves pernaltas incluindo impressionantes bandos de flamingos. As primaveras perenes ao longo das imediações da planície salgada de Etosha atrai grande quantidade de vida animal e aves.

Uma lenda local acerca da formação da planície salgada de Etosha descreve como uma aldeia foi atacada subitamente e todas as pessoas à excepção de uma mulher foram mortas. Essa mulher ficou tão triste e abalada com a morte da sua família, que as lágrimas do seu pranto formaram um lago imenso. Quando o lago secou nada restou a não ser uma enorme planície branca.

VIAGEM A NAMIBIA E ZÂMBIA

VIAGEM LUANDA NAMIBIA E ZAMBIA

Saída de Luanda a 28 de Dezembro, estadia em Benguela (1 noite).
Benguela - Lubango, em 29, estadia em Lubango (1 noite).
Lubango - Halali (Halali Resort - Namibia), passagem por Ondjiva, Santa Clara (fronteira), Oshikango, Ondangwa, Oshivelo, Namutoni, estadia em Halali (3 noites).
Halali - Katima Mulilo (Namushsha Country Lodge), passagem por Tsumeb, Grootfontein, Rundu, estadia de 2 noites.Katima Mulilo - Livingstone, passagem por Wenela, Sesheke, estadia no Falwty towers lodge durante 4 noites.
Livingstone - Grootfontein, com passagem por sesheke, Wenela, Rundu, estadia no meteo hotel 2 noites.
Grootfontein - Lubango, com passagem por tsumeb, Ondangwa, Oshikango, Santa Clara, Ondijva, estadia em Lubango 2 noites.
Lubango - Benguela, com estadia em Benguela 1 noite.
Benguela - Luanda (FINAL DA VIAGEM) - 13 de Janeiro 2008