Tuesday 6 November 2007

QUEDAS VICTÓRIA - ZÂMBIA E ZIMBABWE

UMA DAS SETE MARAVILHAS NATURAIS DO MUNDO

A MAIS LARGA CORTINA DE ÁGUA DO MUNDO






As Quedas Victória ou Mosi-oa-Tunya (o fumo que trovoa) é uma queda de água situada no Sul de África entre os países Zâmbia e Zimbabwe. As quedas são, por algumas medições, as mais largas do mundo, e estão também entre as mais raras do mundo, e tem a maior biodiversidade natural de entre todas as maiores quedas de água do Mundo.

Mosi-oa-Tunya é o nome usado pelos habitantes locais e Quedas Victoria é o nome posterior dado pelos Europeus. Trata-se dum fenómeno natural com 1.7 km de comprimento e uma altura média de 108 metros, formando a mais larga folha de água do mundo.

A forma rara das Quedas Victória permite a vizualização das Quedas em todo o seu comprimento a cerca de 60 metros de distância, porque o Rio Zambeze cai num profundo, estreito abismo, ligado a uma série longa de gargantas. Poucas quedas de água permitem uma aproximação tal na sua base.

Muitos animais e aves de África podem ser observados nas imediações das Quedas Victória, os peixes mais comuns em África estão presentes no Rio Zambeze, permitindo a observação de animais e a pesca desportiva, além da observação das quedas.

As Quedas Victória são uma das maiores atracções turísticas de África, são Património Mundial da UNESCO. As Quedas são repartidas pela Zâmbia e pelo Zimbabwe, e cada país tem um Parque Nacional para o proteger e uma cidade servindo como centro turístico: Parque Nacional Mosi-oa-Tunya e Livingstone na Zâmbia, e o Parque Nacional Victoria Falls e a cidade de Victoria Falls no Zimbabwe.

Características físicas


Por uma considerável distância acima das quedas, o Zambeze corre sobre um nível de basalto, num vale pouco profundo ladeado por baixas e distantes colinas. O curso do rio está cheio de muitas ilhas com árvores, que vão aumentando à medida que o rio se aproxima das quedas. Não há montanhas, falésias ou vales profundos onde seria possível esperar a criação de quedas de água, somente planície que extende pos centenas de quilómetros em todas as direcções.

As quedas são formadas a todo o comprimento do rio numa única queda vertical num abismo de 60-120 m de altura, gravada pelas suas águas existe uma zona fracturada no planalto basaltico. A profundidade do abismo, chamado a Primeira Garganta, varia de 80 m mais a oeste a temrina em 108 metros no centro.

Há duas ilhas na crista das quedas que são suficientemente largas: Ilha Boaruka (ou Ilha Catarata) perto do banco oeste e a Ilha Livingstone no meio. Outras ilhotas dividem a cortina de água em rios paralelos mas separados. Os rios maiores chamam-se, em ordem, do Zimbabwe (oeste) para a Zambia (este): Leaping Water (chamada de Catarata do Diabo, por alguns), Main Falls, Rainbow Falls (a maior) e a Eastern Cataract.

Parâmetros Victoria Falls Niagara Falls Iguaçu Falls
Altura em metros 108 m 51 m 64-82 m
Comprimento (m) 1700 1203 2700
Fluxo médio anual 1088 2407 1746
Fluxo máximo 3000
Fluxo mínimo 300
Fluxo máximo 10 anos 6000
Fluxo Record 12,600 8269 12,800


A bacia do Zambeze acima das quedas tem a época das chuvas de final de Novembro a inicio de Abril, e tem época seca durante o resto do ano. O fluxo anual do rio é maior de Fevereiro a Maio, com um pico em Abril. A nuvem vinda das quedas chega a atingir 400 metros, e por vezes chega aos 800 m e é visivel a 40 km de distância. Na lua cheia, uma curva pode ser observada na nuvem, em vez do tradicional arco iris que é visto de dia. Na época das chuvas, todavia, é impossível observar o pé das quedas e a maior parte da cortina de água, e os passeios através da escarpa frontal estão a sofrer um constante chuveiro. Perto do bordo do penhasco, existe um spray, tal como chuva invertida, especialmente na ponte que liga os dois países.

Quando se instala a época seca, as ilhas tornam-se mais largas e mais numerosas e de Setembro a Janeiro metade da face rochosa das quedas torna-se seca e o topo da Primeira Garganta pode ser visto ainda para além da sua largura. Nesta altura é possível (não necessariamente seguro) caminhar em alguns troços do rio, na crista. É também possível caminhar no topo da Primeira garganta do lado Zimbaweano. O fluxo mínimo, que ocorre em Novembro, é cerca de um décimo daquele que se regista em Abril; esta variação de fluxos é maior do que nas outras grandes quedas, o que faz com que a média anual seja menor do que à partida se podia esperar. As quedas Victoria tem o dobro da altura das Quedas Niagara e cerca de duas vezes o comprimento das Quedas Horseshoe. Em altura e largura apenas rivaliza com as Sul Americanas Quedas de Iguaçu.

As Gargantas das Quedas Victória

As principais gargantas são:

Primeira Garganta: aquela em que o rio cai em Victoria Falls
Segunda Garganta: (ligada pela Ponte Quedas Victoria), 250 metros a sul das quedas, 2150 metros de comprimento.
Terceira Garganta: 600 metros sul, 1950 metros de comprimento.
Quarta Garganta: 1150 metros sul, 2250 metros comprimento.
Quinta Garganta: 2550 metros sul, 3200 metros de comprimento
Garganta Songwe: 5300 metros sul, 3300 metros de comprimento, denominada assim depois do Rio Songwe vindo do noroeste, e o mais fundo a 140 metros, no final da estação seca (novembro).
Garganta Batoka: a garganta por baixo da Songwe é chamada Garganta Batoka (a qual é também usada como guarda-chuva para todas as gargantas). Tem cerca de 120 km de comprimento (em linha recta cerca de 80 km), para leste das Quedas e toma o rio através do planalto basáltico para o vale no qual o Lago Kariba está situado agora.


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